quarta-feira, 12 de agosto de 2009

De espaços, tempos e aléns...

Deveras, na minha vida
pensei andar tanta estrada,
que pouco a pouco, esquecida,
terminei sem fazer nada.

Leigos que não são leigos,
conservam a boca fechada,
e em meio a sorrisos meigos
palpitam... e não dizem nada.

Cansei das coisas que fiz
mas não das coisas que faço
e se não faço as que quis
é só por falta de espaço.

Há perigo, e eu não nego
de fazer o que não quero,
há umas às quais me apego
e enquanto não faço... espero.

No espaço em que me estranho,
se demoro, fico presa,
pois menor que meu tamanho,
não cabe em minha certeza.

Quando não me caibo em mim
vou me soltar noutro espaço
e nas terras do sem fim
liberto meu corpo escasso.

Tentando inventar a vida
Deixei o jogo de lado
E das regras, esquecida,
Quando olhei, tinha acabado.

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